
Na entrevista desta semana, conversamos com Baddie Jewel, uma artista multifacetada que combina influências de Hip-Hop, R&B, Jazz, Pop e G-Funk para criar música autêntica e profundamente pessoal. Falámos sobre o seu processo criativo, o impacto do seu álbum “46:5”, e como transforma desafios em força na sua jornada musical.
Às portas de lançar o seu novo tema “Shameless” é o início de uma love story introduzido num breve EP que musicalmente transmite o ciclo dependência emocional até á descoberta de amor próprio.
Não percas esta conversa inspiradora com uma das vozes mais promissoras da música em Portugal!
Wise Wave: Tens um fundo em Hip-Hop, R&B, Jazz, Pop, e G-Funk. Como é que cada um desses estilos entra na tua música, e como consegues fundi-los de forma harmoniosa?
Baddie Jewel: Tenho bué influências , sempre fui bastante eclética em termos de música. Tive uma fase que só ouvia hip-hop americano, no entanto, sempre adorei jazz e R&B! No fundo, gosto de tudo o que é verdadeiro e cru independentemente do estilo musical. Acho que o que me ajuda a fundir de forma harmoniosa todas estas influências é sem dúvida o facto de ter já consumido bastante música destes géneros musicais
Wise Wave: A tua música é uma forma de expressão profunda e pessoal. Podes descrever o teu processo criativo, como transformas as tuas vivências e emoções em música como transformas as tuas vivências e como fazes para manter a autenticidade enquanto te reinventas constantemente?
Baddie Jewel :Essa pergunta é engraçada porque é algo que acho que sempre fez parte de mim não só em termos musicais e profissionais, assim como, na minha vida pessoal. A transformação foi algo que sempre se fez presente na minha vida de forma muito intensa, acho que por isso mesmo se tornou tão fácil lidar com ela e reinventar-me constantemente, mesmo a nível musical.
A forma como a faço é sempre de forma mais honesta e aberta comigo mesma. Nunca gostei de seguir padrões nem tentar encaixar em normas sociais, faz parte de mim como ser humano. Tento sempre transmitir a minha verdadeira essência e personalidade em cada faixa que canto, por muito que as vezes possa ser incompreendida. Faço música que aborda o lado luz e lado sombra.


Wise Wave: A tua música transmite sempre uma mensagem alinhada com a tua essência. Qual é a mensagem mais importante que desejas que o teu público leve da tua arte?
Baddie Jewel: A mensagem mais importante que eu gosto sempre de passar é precisamente a de sermos verdadeiros com a nossa essência.
De enfrentarmos tudo com vontade de viver e de melhorar a cada dia
Generalizando acho que o que mais pretendo passar é que nada é demasiado difícil a ponto de não conseguirmos ultrapassar ou nada nos é dado de forma aleatória, sinto que tudo tem um propósito e se Deus nos dá vontades e sonhos é porque temos essa capacidade de os alcançar. A cura é o caminho para o amor e por mais gritantes que sejam as nossas sombras o nosso propósito maior é sempre o amor, amor próprio e amor pelo coletivo.
Wise Wave: Como lidas com os desafios da indústria musical e transformas essas dificuldades em superação na tua vida e na tua música?
Baddie Jewel: Tenho este sonho desde muito nova e um sentido de propósito muito grande. As dificuldades sempre vieram em inúmeras formas. O que me motiva a continuar é saber que no final de cada dificuldade vou sair sempre melhor e com mais garra, há sempre uma lição por trás de um desafio. Deus também tem um grande papel na minha vida e como disse Deus não dá um sonho a ninguém que não tenha a capacidade de realizá-lo portanto sigo sempre confiante na medida do possível porque faço o melhor que posso com o melhor que tenho, com o foco no objetivo. Ao fim ao cabo, o meu objetivo é evoluir de projeto em projeto e é o que tenho sempre em mente.
Wise Wave: Começaste 2024 com 4 singles lançados, incluindo um em português e os restantes em inglês. Como escolhes em que língua vais cantar e como é que isso influencia a recepção da tua música?
Baddie Jewel: Honestamente, fiz um single em português em fase de descoberta, no entanto, identifico-me muito mais com a música inglesa e com isto não quero dizer que prefiro a cultura inglesa ou o país em si ou que discrimino meu país. Simplesmente identifico-me com a música e sonoridade, provavelmente porque sempre consumi muito rap americano desde nova e sempre achei fascinante o que se pode fazer nessa língua em termos de rimas esquemáticas e flows.
Sinto também que me consigo expressar muito mais facilmente no contexto de música inglesa.
Em termos á receção que pode ter, sei que pode ter restrições a nível de Portugal, visto que vivo em Portugal e a língua nativa é essa mesmo, no entanto, acho que me consigo expressar muito mais facilmente e consigo inventar mais trocadilhos e fluir melhor com a minha criatividade, e também sei que Portugal ainda tem muito que evoluir em termos de investimento que depositam na indústria e nos artistas e sempre sonhei atingir grandes palcos de forma internacional.

Wise Wave: Lançaste recentemente o álbum “46:5”, produzido pelo Simple Soul. O que podes contar-nos sobre este álbum? Qual é o conceito por trás dele e o que querias transmitir com este projeto?
Baddie Jewel :Este álbum foi o culminar de muitos anos que me senti “traída” e com muita dor interna e acho que deu para entender em cada faixa a revolta que era transmitida. Foi um projeto muito importante, na medida em que, consegui transformar as minhas piores emoções de forma a conseguir absorvê-las através da música, criando arte que mais pessoas se possam identificar. O conceito deste álbum é precisamente conseguirmos identificar estas emoções reprimidas e exterioriza-las mesmo que nem sempre seja da forma mais bonita ou da forma mais esperada. Primeira fase é a aceitação seguida da expressão e mais tarde da cura interior. Foi um projeto muito importante mesmo que não seja um projeto muito convencional, pois consegui arranjar a melhor forma para conseguir me libertar de inúmeras situações difíceis e algumas delas traumáticas. Tive a ajuda também de um incrível produtor que é muito talentoso e que compôs instrumentais que facilmente me captaram a atenção e me deixaram inspirada a fazer algo que ressoasse com a minha verdadeira personalidade. O Simple Soul foi realmente uma pessoa muito crucial nesta fase da minha vida tanto pessoal quanto profissional. O que quis transmitir foi que mesmo que as pessoas não nos aceitem ou respeitem a nossa verdadeira essência ou valores isso não faz de nós inferiores, muito pelo contrário. Achei importante referir de formas criativas que tudo o que essas mesmas pessoas sentem por nós é um espelho do que se passa no interior delas mesmas.
Wise Wave: Quais são os teus objetivos para o futuro? Há algum mercado específico ou público-alvo que gostarias de alcançar nos próximos anos?
Baddie Jewel : Os meus objetivos para o futuro são me tornar a melhor artista que eu consiga ser e conseguir ser uma grande performer também. Quero sentir que tenho o meu propósito cumprido de conseguir ajudar pessoas que possam tar a passar por situações extremamente difíceis e mesmo assim conseguirem gostar de si mesmas e terem esta auto-confiança implacável de que estão seguras do que são e do que querem ser. Sinto que o meu público-alvo pode ser qualquer pessoa, visto que, sei que sou bastante eclética também. O facto de conseguir me expressar através de Hip-Hop, R&B, Drill, Jazz, G funk permite me ter quem sabe, uma diversidade de pessoas diferentes que possam se identificar com a minha música. Imagino tanto um jovem quanto uma pessoa de idade a ouvir e se identificar, é muito relativo. Acho que a música é precisamente isso, junta pessoas de diferentes países, culturas, idades e géneros ligados por um sentimento.
Wise Wave: Quais são os teus objetivos para o futuro? Há algum mercado específico ou público-alvo que gostarias de alcançar nos próximos anos?
Baddie Jewel : Os meus objetivos para o futuro são me tornar a melhor artista que eu consiga ser e conseguir ser uma grande performer também. Quero sentir que tenho o meu propósito cumprido de conseguir ajudar pessoas que possam tar a passar por situações extremamente difíceis e mesmo assim conseguirem gostar de si mesmas e terem esta auto-confiança implacável de que estão seguras do que são e do que querem ser. Sinto que o meu público-alvo pode ser qualquer pessoa, visto que, sei que sou bastante eclética também. O facto de conseguir me expressar através de Hip-Hop, R&B, Drill, Jazz, G funk permite me ter quem sabe, uma diversidade de pessoas diferentes que possam se identificar com a minha música. Imagino tanto um jovem quanto uma pessoa de idade a ouvir e se identificar, é muito relativo. Acho que a música é precisamente isso, junta pessoas de diferentes países, culturas, idades e géneros ligados por um sentimento.

